quarta-feira, 8 de agosto de 2007

É correto pedir “unção, nova unção ou porção dobrado” do Espírito Santo?


É correto pedir “unção, nova unção ou porção dobrado” do Espírito Santo?



Hoje vivemos em um país abarrotado de pseudo igrejas cristãs, as “tradicionais” que detém a Sã doutrina, estão sendo persuadidas a mudaram não somente sua liturgia com o afã de incharem seus templos, bem como sua milenar doutrina (pós-reforma), ou pelo menos, começam a questioná-la em sua eficácia para levar o povo aos templos (2Pe 3.2,3; 2Tm 3.10; At 2.42). Alguns desejam e outros se utilizam da mesma receita inventada por este atual “revolucionário movimento evangélico”. São igrejas maquiadas com o evangelho. Quando a conhecemos, aparentemente sai belas e sadias, porem, pela manha quando estão sem a “maquiagem” vemos sua verdadeira aparência. Faz-se jus aplicarmos um velho ditado popular: “A noite todos os gatos são pardos” é um de seus recursos muito bem utilizados. Fazendo-se o mais parecido possível com a verdade. Uma “verdade” pela metade ou incompleta por mais que contenha partes verdadeiras, não é uma verdade em seu todo. Uma meia verdade é uma mentira contendo partes verídicas, sendo assim, é ume engodo perigoso, uma falácia, um logro, um engano.

Para disseminarem com maior rapidez seus embustes, utilizam-se de todos os meios de comunicação em massa. Seja em seus templos, literatura, programa televisionado, radiofônico e até mesmo nas letras de seus cânticos. O abuso é de tamanha grosseria que chega a ser ofensivo á indivíduos com o mínimo de esclarecimento, ainda mais a nós, que conhecemos a Sã Doutrina dos Apóstolos (At. 2.42) entregue pelo Cristo ressurreto.

Aos incautos oferecem os famigerados e maléficos produtos de consumo “gospel”. São os “sabonetes ungidos e consagrados com estrato de arruda”; “ervas e amuletos ant – encosto”; “tapete ungido abre caminho”; a conhecida “fogueira santa”; “óleo da multiplicação”; “óleo ungido”; “perfume do amor”; “azeite consagrado para os problemas financeiros, físicos, espirituais, mentais, amorosos e etc.”; “oração dos 70 ex-filhos das trevas”... E quanto mais a imaginação criativa destes puder criar, sem se importar com a mais ínfima regra da hermenêutica e exegese bíblica. Um apanhado de besteirol que ilude e escraviza o povo simples e desinformado. O povo deposita sua genuína fé em ensino enganoso de homens embusteiros (mentirosos) (Cl 2.4). Não será surpreendente que apareça além da “terapia do amor”, o “spray ungido para encalhadas” (uma versão masculina seria bem vinda); “oração das 70 ex-titias; “óleo ungido para emagrecimento e rejuvenescimento; e se não duvidar servirá também para a queda de cabelo.

Dentro de nossas igrejas os mais suscetíveis a informações enganosas são os tem um conhecimento raso da doutrina distintiva dos batistas, neste caso, podemos citar adolescentes, jovens e adultos. Todas estas pessoas não estão inoculadas a ser infectadas e involuntariamente infectarem a outros. Este baixo nível de conhecimento da doutrina batista leva-os a aceitarem informações e ensinos errôneos. Estas informações estão maquiadas com uma fina superfície de verdade, e logo são aceitas pelos nossos membros carentes de conhecimento da Sã doutrina (Mt 22.29).

Um dos meios de comunicação a que estão mais vulneráveis é a música. Ela é um poderoso veiculo de informação, ensino, e persuasão ao erro doutrinário. É de suma importância que a igreja local esteja ciente do ensino teológico contido nos cânticos introduzido pelos músicos. Detectando a contradição do ensino bíblico contido nos cânticos, devemos tê-la como um ensino errado e perigoso para a preservação da Sã Doutrina. Neste caso, não necessariamente banir os cânticos que venham ter ensinos não contidos na Bíblia. Mas se poderiam modificar as parte da letra onde se encontra os equívocos doutrinários. A origem de nossos cânticos já é um sinal de alerta. Há que denominação e corrente teológica estas bandas, grupos, vocalistas e “comunidades” pertencem? Não que delas não venham ensinos bíblicos coerentes com nossos princípios bíblicos. Porem é comum vermos discrepâncias com respeito à Doutrina do Espírito Santo e outros princípios norteados por nossa “doutrina dogmática”. A Doutrina Batista é estritamente arraigada nas Escrituras, assim, não aceita experiências na vida particular como incremento a revelação Divina.

Como exemplo, há cânticos que falam a cerca do Espírito Santo de forma dúbia e equivocada. Estes ensinos penetram e se ficção sorrateiramente na mente dos irmãos. Seus efeitos não são imediatos, mas retardados. A médio ou alonga prazo membros podem adotar enganosamente pensamentos e atitudes de princípios pentecostais sem estarem cientes do perigo da contradição doutrinaria. Nestas condições, não somente se refletirá no conceito doutrinário “pessoal”, podendo chegar à liturgia e
mais tarde no questionamento das doutrinas bíblicas batistas recebidas nas dependências da igreja. Neste estágio, o que os impedirá de questionar particularmente e coletivamente os princípios doutrinários batistas em comparação aos dos pentecostais? Os lideres, professores e oficiais (diáconos e pastor) poderão confrontar-se com esta inconveniente realidade.


Abraão com os três anjos
Um exemplo claro e típico as influencia de cânticos de origem pentecostal, é a expressão “receber a unção” ou “receber nova unção”. Algumas pessoas a pronunciam sem compreender o que elas querem dizer no contexto pentecostal. Esta expressão tem haver com a concepção que estes têm da pessoa de da doutrina do Espírito Santo. É do conhecimento geral, que os irmãos pentecostais acreditam que os salvos perdem a condição de salvo. Destro destes princípios se faz uma gama de especulações a respeito do Espírito Santo. Por outro lado, nós cremos na salvação perpetua do verdadeiro converso.
Percebemos que há cânticos que fazem referencia a ralação do Espírito Santo e ao homem de forma incoerente, ou seja, sem fundamento bíblico. Os pentecostais são estimulados a buscarem a “presença” do Espírito Santo em maior “quantidade”. Quando estão tristes, desestimulados e abatidos, é comum dizerem que o irmão deve ou precisa receber a “nova unção”, ou ainda, “buscar porção dobrado do Espírito Santo” (2Rs 2.9).

A doutrina batista do Espírito Santo contradiz estas crenças, ela nos comprova através das Escrituras que já recebemos a unção que nos foi prometida (Jl 2.28; Is 44.3; At 2.1-4; 14-21). Esta unção não foi dada parcialmente ou que careçamos de buscar uma nova ou ainda, outra unção. Como nos diz a Palavra de Deus, “o Espírito nos foi dado sem medida” e o recebemos em sua plenitude (Jo 3.34; 1.16; 1Ts 4.8). Caso não fosse desta forma, Deus estaria habitar no homem em partes ou se retirando quando o homem estivesse em pecado. Seria um vai e vem interminável. Este tempo pré-pentecostal já passou! A promessa foi cumprida.

Quando examinamos João 2.20, 27 e 2 Coríntios 1.21,22, iremos constatar dois aspectos bem claros referentes ao Espírito Santo, são eles: Os textos referem-se a esta unção no singular (Uma unção). Tanto Paulo quando diz: “Mas aquele que nos confirma em Cristo e nos ungiu...”. Como João, dizendo: “E vós possuis unção que vem do Santo...” e “ Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós”, refere-se a esta unção como sendo um ato de Deus deforma única, completa e permanente.
A unção que os apóstolos Paulo e João se referem está em um ato passado do Espírito Santo. “... nos ungiu...”; “... possuis unção...”; “... a unção que dele recebeste permanece em vós...”. Entendemos que quando o homem aceita a Jesus Cristo como seu salvador, ocorre o ato divino da Justificação (perdão dos pecados) na pessoa de Jesus e Regeneração através da habitação do Espírito Santo na vida do converso (Tt 3.5). Desta forma, a obra divina na vida do crente é completa, cabendo ao crente uma outra necessidade, o qual é de sua responsabilidade, ou seja, a busca por estar sempre cheio do Espírito Santo. Assim, ele não tem a necessidade de “uma ou nova unção” que já possui.

Um assíduo leitor da Bíblia, não necessariamente um teólogo, irá constatar que a Palavra de Deus em nenhum de seus livros nos ensina que devemos pedir, buscar ou receber uma nova unção. Ou ainda, pedir porção dobrada do Espírito Santo e batismo com o Espírito Santo. Entretanto, de forma clara nos ensina e nos pede que busquemos ser cheios do Espírito Santo (Ef 5.18,19); Não entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30) e não apagar o Espírito Santo (1Ts 5.19). Todo crente genuinamente converso possui o Dom do Espírito, cabe a ele buscar ser cheio através de uma vida consagrada, santa e separada de toda atitude que entristeça o Espírito Santo de Deus.

Valmir Alves

sexta-feira, 27 de julho de 2007

A Igreja que deu dor de cabeça ao apostolo Paulo!




A Igreja que deu dor de cabeça ao apostolo Paulo!



Ao lado ruínas do templo de Afrodite em Corinto.




pois temos que, ao visitá-los, não encontre como eu esperava, e que haja entre vocês brigas, invejas, manifestações de ira, divisão, calunia, fofocas, arrogância e desordem” (II Cor 12.20)

Para que entendamos certas particularidades do comportamento, atitudes e pensamento dos irmãos da igreja de Corinto o período Apostólico, faz-se necessário uma compreensão de seu contexto histórico, cultural e social contemporâneo.


No apogeu da democracia de Roma, Julio César da um golpe de estado e instala o império. No ano 44 a C. César ordena a reconstrução da cidade de Corinto, que havia sido destruída pelos próprios romanos em 146 a C. A cidade ganha o titulo de capital da província da Acaia. Sua arquitetura recebeu influência greco-ronama clássica. Possuindo dois portos, basílicas (edifícios públicos), avenidas e mercados. Em relação à cultura, era uma cidade de origem grega. Antes de sua conquista, foi um dos centros culturais do antigo Império Grego. Durante o domino romano, a cidade fervilhava de pensadores, filósofos e sábios. Além de sua importância comercial e militar, era uma cidade de grande porte para sua época. Uma metrópole do inicio da era cristã. Como em toda metrópole, havia desigualdade social sensível. De um lado, escravos do porto e empórios (pequenos comerciantes do porto, ou camelôs). No outro lado, um pequeno numero de proprietários constituídos basicamente de comerciantes, funcionários públicos e militares de alta patente. Segundo os historiadores, havia 250 mil cidadãos livres e 400 mil escravos em Corinto.

A corrupção moral era generalizada, de certa forma, fruto da “cultura” e ao culto a Afrodite (deusa do amor sexual). Conta-se que havia mil prostitutas sacerdotisas de Afrodite à disposição dos moradores e dos que visitavam a cidade. Em sua grande maioria eram, eram mulheres muito belas. A prostituição era tão rendosa, que constituía uma porcentagem significativa do faturamento da cidade. Tal era o conceito da lascívia na cidade, que se tornou proverbial uma frase no mundo antigo: “Uma moça coríntia era uma moça de vida suspeita”. No império chamar uma jovem “coríntia”, era insinuar uma pessoa imoral. Entre os próprios gregos havia um conceito semelhante quando faziam uso da palavra “corintiar”, significando um procedimento imoral.






Imagem de Afrodite







Neste turbilhão efervescente de promiscuidade, corrupção, idolatria, avareza etc., habitava a igreja de Cristo de Corinto. Infelizmente, de tudo que é danoso penetrou no ceio da igreja, da pratica permissiva do sexo ilícito à conduta anticristã. Se observarmos com cuidado, iremos constatar que há uma semelhança entro o ambiente que permeava a igreja do I século (Corinto) e a igreja do século XXI. Vivemos sendo bombardeados induzidos a pratica do sexo sem compromisso de inúmeras formas. São os apelos agressivos de senas explicitas, em apologia ao sexo banalizado na busca de audiência e ibope. É na corrida frenética das indústrias na busca pela venda de seus produtos de consumo associados a mulheres com pouca roupa. Estão nas novelas, nos filmes, na letra das musicas, nas escolas, no ambiente de trabalho etc.

O que dizer da idolatria? A desigualdade social? A prostituição? O homossexualismo? A famigerada “curtição” do “ficar”? Esta ultima, uma erva daninha no meio da juventude cristã inconseqüente (não nos descabelemos, mas há quem defenda o “ficar gospel”. Tal pratica, é nada mais nada menos que, um meio de se tirar vantagem do corpo alheio, sem se preocupar com o pecado e o sentimento de culpa, que afeta somente a consciência cristã. Recebendo incentivo dos meios de comunicação, o adultério e a fornicação vertentes da prostituição, tornaram-se mais freqüentes numa sociedade que para ela, é mais que tolerável, é cômodo.

A importância de Corinto em virtude de sua riqueza e “sabedoria” não diminuiu o impacto negativo de sua lascívia. Da mesma sorte, a igreja apresentava evidentes contradições em conseqüência de seu ambiente insalubre. Evidentemente, também por permitir-se contaminar. Estava embevecida por falar em outras línguas (ICo. 14.18-19), por outro lado, a imoralidade era uma pratica comum e tolerável no ceio d igreja. “Geralmente se ouve que há entre vós imoralidade, e tal imoralidade que nem mesmo entre os gentios se vê, a ponto de haver quem vive com a mulher de seu pai. E vós estais inchados? e nem ao menos pranteastes para que fosse tirado do vosso meio quem praticou esse mal?” (ICo. 5.1,2; 6.13-17); O descaso com os mais humildes (ICo. 11.17,18; 20,21); E a corrupção pela busca de cargos eclesiásticos (2Co. 10.1-12). Um contraste gritante entre o que professavam ser (espirituais, por seu dom de línguas) e o que a igreja era por sua tolerância ao pecado. Neste “teatro”, o que o povo assistia no palco era uma encenação e pantomima da vida cristã. Nos bastidores do palco, a vida real era a triste realidade.

Assim como havia a desigualdade social em Corinto, havia a desigualdade espiritual de alguns na igreja. A ambigüidade (confusão) permeava a mente de alguns e interferia no conceito e no bom senso entre licitude e conveniência, ética e pecado (ICo. 6.12). No contexto das cartas paulinas à igreja de Corinto, constataremos a dualidade dúbia do caráter, da ética e do amor cristão. Nesta particularidade, II Coríntios 12.20 dá mostras inequívocas de que havia uma conduta que também hoje condenamos. Paulo menciona algumas atitudes que nos dá uma idéia de como havia um antagonismo entre o que a vida cristã exige, e a conduta de alguns. Ele havia sido informado do que se passava na igreja, e com tristeza esperava encontrar esta realidade. Destes, ele menciona: Brigas; Ira; Divisões; Calunias; Fofocas; Arrogância e Desordem. Não é difícil notarmos que há uma relação estrita entre estas atitudes. Das brigas emergem iras, logo há divisões, com os grupos formados, delas partem informações que lhes é cômodo passar, sejam parciais ou acrescidas de inverdades. Então haverá as queixas de calunias. Das informações desencontradas, há os que com avidez se aproveitam e por morbidez sádica, ou motivada por preconceito, sentimentos contraditórios, e objetivos escusos praticam a decrépita, porem vigorosa “arte” da fofoca.







Templo de Apolo em Corinto



Pronto! Agora só nos resta juntar os cacos da desordem instalada, não somente na vida dos envolvidos, como no seio da igreja. Se há arrogância de se ter contribuído consciente ou inconscientemente com o prejuízo moral, pessoal e até mesmo espiritual na vida crista alheia, então diríamos que tal pessoa esta no mais ínfimo nível da maturidade cristã. O agravante neste caso, é que as informações são passadas e aceitas como sendo verídicas sem terem sido questionadas, averiguadas ou caso fosse necessário, confrontadas. A “vitima” por sua vez é acusada (sem investigação), julgada, condenada e sentenciada à revelia. Há execução? Você talvez se pergunte – Eu digo sim! Haverá execução, ela ocorre no recôndito do coração do algoz sedento por sangue inocente e do algoz levado a ser carrasco por acreditar nas palavras de homens descomprometidos com a verdade e a justiça. O ditado mais apropriado a se aplicado ao “infeliz” seria: “Culpado até que se prove o contrario!”.

Que atitudes devem-se tomar diante de informações que comprometem a um determinado irmão? Como cristão e objetivando preservar a paz eclesiástica (igreja) e a boa consciência, devo ignorá-la e se for necessário, com amor advertir o irmão de seu erro, ainda mais, se for um amigo.

Quais os princípios bíblicos que regem os aspectos do convívio social na vida comunitária eclesiástica? Na formação de uma comunidade, ocorrerá o fenômeno psico-social inerente ao agrupamento de pessoas. Ou seja, é impossível que não haja dentro do seio da igreja desentendimento, conflitos, aborrecimentos, injustiças e ofensas motivadas por situações atípicas e inusitadas etc. O que podemos fazer nestas ocasiões? Paulo recomenda: “Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apazigúem a sua ira antes que o sol se ponha, e não dêem lugar ao Diabo” (Ef 4.26,27 Fl 4.2,3). O que fazer? Levar o caso á meus amigos e irmãos mais íntimos? Certamente que não! “Se seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostra-lhes o erro...” (Mt 18.15). Esta sentença do Senhor Jesus é o “calcanhar de Aquiles” de toda e provável conflito eminente e emergente na igreja. Caso não haja uma solução restrita entre o ofensor e ofendido, o contexto trás orientações quanto os procedimentos até que seja levada à questão a igreja. Podemos debelar qualquer divergência e divisão no inicio, antes que ela se torne publica e com isso outros irmãos dela participem com prejuízo a terceiros.

Quando levamos outros irmãos tomarem parte de incidentes, e por fazê-lo divido o grupo, sala, departamento ou igreja, não somente desobedeço ao Senhor Jesus, mas estamos em pecado. “Recomendo-lhes, irmãos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisão...”, “a fim de que não haja divisão no corpo, mais, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros” (Rm 16.17a; 1Co 12.25).

O que devemos fazer se por ventura tiver construído litígio com um irmão, este, não quiser reconciliação, comunhão ou conversação com o intuito de debelar a ofensa ou o mau entendido? Geralmente somos tentados a tratar o assunto com aqueles que invariavelmente estarão do nosso lado. Dialogamos com os amigos mais chegados, os que tendem ater a mesma opinião e familiares. Em Mateus capítulos 18, o Senhor Jesus novamente nos mostra nos mostra o caminho a trilhar. Ele novamente nos mostra o caminho a trilhar. “Mas se ele não leve consigo mais um ou dois outros, de modo que qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas” (Mt 18.16). Diante das verdades bíblicas expostas, por que acatarmos estes princípios? Ou viveremos na permanente desobediência destes princípios e valores espirituais que refletem diretamente na paz da igreja. É necessário dizer também que, a quebra de valores e princípios espirituais dentro e fora da comunidade divina trás consigo seus próprios frutos. A quebra destes princípios dentro da igreja de Cristo é a comprovação de que desconhecemos o grande zelo que o Senhor tem por sua noiva (igreja). Ele a quer imaculada, e cada um de nós somos responsáveis por sua pureza os que trazem transtorno, juntamente com os passivos e coniventes, haverão de prestar conta com Deus. E não é no “além”, é em vida mesmo! “Ora, qual é o filho que não é disciplinado por seu pai?... e a disciplina é para todos os filhos” (Hb 12.7b; 8a).

Valmir Alves








quarta-feira, 25 de julho de 2007

“Permanecer firmes na fé”

Rio Negro - Amazonas

“Permanecer firmes na fé”

“fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé;... E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendou ao Senhor em quem haviam crido” (At. 14. 22,23)

“Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?”. Que reconfortante palavra de Paulo, nos leva a pensar na Soberania e no total Controle exercido pelo Filho de Deus. Nada escapa aos seus olhos, tudo vê e percebe, mesmo que sintamos ou pensarmos que as coisas estão sem rumo.
Nada pode deter a igreja do Senhor Jesus, quando esta está firmada na Rocha viva. Haverá sim, momentos de tribulação, angustia, perseguição, perigo e até mesmo situações de fome e nudez. Mas a pergunta de Paulo é também uma categórica negativa. “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. As palavras de Paulo não estavam destinadas a indivíduos em particular, ele estava falando a igreja do Senhor Jesus, que na ocasião, como nós hoje, passavam por momentos de intranqüilidade. Mas, apegaram-se nas promessas do Senhor Jesus e “permaneceram firmes na fé”. De posse das palavras de Paulo, faço uma outra pergunta: Quem nos separará da igreja do Senhor? Haverá razão interna ou externa para diminuir a chama do amor pela a igreja de Cristo? Haverá razão para nos desapegar da Igreja local do Senhor Jesus? É nestas e em outras ocasiões, que se manifesta o quanto estamos compromissados com a igreja do Senhor. É também em ocasiões como esta, em que a Igreja se une e se põem a orar e jejuar, demonstrando através desta pratica, assim com a igreja de Roma, que confia e espera que o Dono da Igreja no tampo por Ele determinado nos dê a vitória sobre tudo que nos entristece e inquieta.
Permaneçamos firmes na fé, com jejum e oração, intercedendo primeiramente por si, e apegando-se nas palavras do Senhor; desprendendo-se de tudo que impede que nos tornemos atuante na Igreja de Jesus Cristo; intercedendo também, por todos os que foram revertidos de autoridade na igreja, e, por cada crente indistintamente, com o fim de nos tornamos um, assim como nos foi proposto na oração sacerdotal do Senhor: “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo. 17.11).

Valmir Alves

Novas Ovelhas – Antigas Raposas



Novas Ovelhas – Antigas Raposas

“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo” (1Cor.11.13)

Uma vergonha! É uma vergonha a postura de “igrejas” que se dizem evangélica. Dizendo servirem a Deus, praticam o desserviço ao Reino de Deus. Ainda se intitulam igrejas do reino de Deus, ou, propõem ser um ministério com o propósito de restaurar as pessoas. Sedentas por dinheiro massificam a idéia de que seus membros devem desfazer-se de seus bens a fim de obterem em dobro ou em triplo do “investimento” feito. Um de seus pseudopastores declarou em um dos jornais de circulação em Manaus: “É dando que se recebe! Falamos isso, freqüentemente em nossas reuniões. As pessoas doam porque acreditam que serão recompensadas por Deus. Não há crime nisso”. É verdade, não há crime nisso! Mas, nem tudo que é legal é moralmente correto, e muito menos bíblico. Bem falou Paulo! “falsos apóstolos, obreiros fraudulentos”, “lobos vorazes”, fazem uso de argumentos falaciosos para mercadejar a boa e inocente fé de um povo carente de entendimento e senso crítico, mas cheios de religiosidade. Não se encontra na Bíblia, para aqueles que fazem uma hermenêutica e exegese séria, indícios de que “é dando que se recebe”. Incutem nas mentes incautas ensinos fundados na sua ganância de retirarem do povo o pouco que tem. Em seus programas televisionados e em seus “encontros”, este último, destinado apenas aos “iniciados”, ensinam que devem abrir mão do que os prendem ao mundo, enquanto andam de helicópteros, carros de luxo e roupas de grife. Ostentam estarem enriquecendo do evangelho, enquanto Paulo ensina que “aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”. Sua fortuna fruta de engano, servem para manter além do mais, programas de cunho imoral, onde mulherzinhas seminuas desfilam e se contam piadas que ferem a moral e os bons costumes. Gananciosos! Como dissera Pedro: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento... como Deus quer; nem por sórdida ganância” (1Pd.5.2). Ganância por poder financeiro.
O que devemos fazer? Alertar nossos irmãos, já que alguns caíram no engano do ensino herético. Realmente vivermos um cristianismo solidário, em que possamos nos confortar, exortar e ajudar. Não basta apenas reafirmarmos que a nossa doutrina e a mais coerente com as Escrituras. É necessário darmos provas de que ele transcende a barreira da simples e ineficaz teoria. A falta deste elemento é uma das brechas por onde se têm perdido membros. Para bloquearmos a brecha, se faz necessário que os casados, jovens e adolescentes se engajem em detectar problemas em que seus membros possam está vivendo, e com afinco, demonstrarem que sua fé e doutrina são eficazes também, através do amor cristão, comprovada na prática do auxílio mútuo.

Valmir Alves

E o meu galardão?



E o meu galardão?

“Por que ninguém pode lança outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento (Jesus Cristo) é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,...e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento (Jesus Cristo) edificou, esse receberá galardão;” (1Co. 3.11-12; 13b-14)

As igrejas locais de Cristo estão repletas de crentes talentosos, dotados de dons naturais e espirituais “com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”. Por outro lado, para tristeza nossa, devemos reconhecer que somos eventualmente imediatista em obter o reconhecimento. Servimos ao Senhor e queremos receber de imediato uma tapinha na costa e um afago no ego. Muito embora, não seja errado que reconheçamos e honremos os homens e mulheres que com abnegação sacrificam horas e dias de suas vidas em prol da expansão do evangelho na igreja local “Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse; visto que, por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte...” (Fp. 2.24-30. Ler) Ah saudoso Epafrodito!

O apostolo dos gentios, adverte a igreja de Corinto a respeito da legitimidade (validade) dos serviços prestados para o beneficio da igreja. O que realizamos na, com, e pela igreja, está no fundamento de Deus? (Jesus Cristo). Do ensino de Paulo, podemos extrair uma outra verdade pratica, em que, devemos esta na igreja trabalhando no, com, e pelo Cristo. Para que em tudo, o nome do Rei dos Reis sobrepuje (apareça) em nossas vidas, no lugar de nos mesmos.

Aqueles que edificam em outros fundamentos (pessoal), embora “valiosos” aos olhos humanos, serão como a madeira, o feno e a palha quando provados pelo fogo do tribunal de Cristo. “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.” (2Co. 5.10).

Como o ouro e as pedras precisas, são as almas dos que são salvos por Deus.“Todo aquele que o pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” (Jo. 6.37). As almas são ganhas no, com e pelo serviço que prestamos a Deus no Cristo, e elas (as almas) são eternas “como” os diamantes; valiosas como o ouro e reluzentes como a prata diante dos olhos amorosos de Deus. Desta forma, podemos apenas fazer uma co-relação entre galardões e almas ganhas num serviço genuíno e aceitável por Deus.

Temos sido “Epafroditos” em nos desprender de nós mesmos para o serviço cristão? Temos nos esvaziados do ímpeto de buscar o auto-reconhecimento e deixar que á seu tempo o Senhor nos galardoe? A despeito dos galardões que o Senhor dará aos que o servem; estar no ministério de Evangelismo e Discipulado é estar exercendo o propósito da Igreja de Cristo Jesus. É a garantia também de que como nova criatura, naquele dia, iremos ouvir: “...Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu senhor”. (Mt. 25.21)


Valmir Alves

Jovens com Espírito de Calebe



Jovens com Espírito de Calebe

Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Subamos animosamente, e possuamo-la (Canaã) em herança, porque certamente prevaleceremos contra ela.
(Nm. 13.30)

Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, Eu o levarei a terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança.
(Nm. 14.24)

Calebe, um desconhecido a quem não se fez referência anterior nas Escrituras, até sua corajosa postura em desafiar todas as probabilidades reais de derrota na campanha militar pela conquista de Canaã. Recebeu do Senhor o reconhecimento e a promessa de que sua descendência habitaria por herança a terra, por ter resolvido em seu coração (espírito), seguir ao Senhor em seus propósitos, e não olhar para os povos poderosos, habitante de Canaã, que em muito superavam o número dos filhos de Israel, entre eles estavam os amalequitas, os heteus, os jabuseus, os amorreus e os cananeus; suas grandes cidades fortificadas; e os gigantes, filhos de Anaque.
Sim! Tudo se cumpriu de acordo com os planos de Deus, Israel tornou-se senhor absoluto de Canaã, a terra que mana leite e mel. Calebe e sua descendência receberam por herança a terra de Hebrom das mãos de Josué, além da benção, daquele a quem o Senhor constituiu sucessor de Moisés (Js. 14.13).

Da saída de Israel do Egito (escravidão) para ocupantes de Canaã (liberdade), foi preciso atravessar um deserto de dificuldades literalmente, provações e privações; a vida dos povos nômades de antão, era uma aventura com altos riscos para cada tribo, e não foi diferente para a tribo de Israel; as que não ocupavam terras férteis, necessitavam sobreviver aos desertos inóspitos; de certo, Israel não teria sobrevivido se não fosse pela ação direta de Deus em lhe prover de Alimentos (aves), água (da rocha) e proteção contra o calor durante o dia (coluna de nuvem) e do frio pela noite (coluna de fogo); permaneceu vagando pelos desertos durante quarenta anos até chegar as fronteiras de Canaã, não que fosse distante ou complicada a chegada, mas pelo pecado dos que se rebelaram contra o Senhor. E é neste parêntese, que podemos ver como os indivíduos se distinguem um dos outros no que diz respeito à aprendizagem da vida teocrática (governo de Deus). Assim como vivemos uma teocracia restrita, pois vivemos sobe o governo da Igreja, e está sobre a direção de Cristo (quando Cristo reina soberanamente em nossos corações); Calebe vivenciou experiências fantásticas quanto estar sobe a direção e submissão à autoridade de Deus. E foi no momento crucial de se decidir, que ele mostrou seu grande valor, embora sendo um “anônimo”, selou seu testemunho para a posteridade, quando confiou, obedeceu e submeter-se aos planos de Deus para Israel, muito embora, como já vimos, tudo mostrava ser “verdadeiramente” contrário àquilo que Deus tinha por plano. A realidade humana, física, matemática ou qualquer outra que seja, não resiste aos desígnios de Deus. Calebe tem um papel extraordinário na manifestação destes desígnios; ele não viu (a vitória), mas creu; não sentiu, mas obedeceu, não confiado em sua própria capacidade, já que estava mais que evidente a impossibilidade de tal conquista puramente militar. O espírito a que Deus se refere à cerca de Calebe, é na disposição mental, vontade, querer, desejar que aquelas coisas (Canaã) se tornassem reais para ele e para os seus (família). Quem sabe ele já estava cansado do deserto e das provações; sabia que os quarenta anos no deserto eram pela desobediência, rebeldia e idolatria de seus pais; aprendeu a lição, de que é melhor obedecer, confiar e cumprir com seu dever para com Deus, do que colocar a prova um Deus que cumpre integralmente sua palavra.

Calebe poderia ser o estereótipo (forma exterior) do crente disposto a obedecer; não, uma simples obediência, mas, a obediência com vontade, vontade que as coisas de Deus para si (Canaã) realmente aconteçam, e, por conseguinte, para com a igreja, para com a comunidade... Lembro-me de um desenho de dois personagens muito engraçado, um leão (lipy) e da hiena (hade), nos momentos de dificuldades a hiena sempre falava sua marca registrada: “ó vida, ó azar”. Haverá momentos quando formos chamados a cumprir com nossos deveres e responsabilidades com a igreja do Senhor, que encontraremos nosso alvo (Canaã) cercado por inúmeros e poderosos inimigos, o que faremos? Teremos a mesma atitude de Calebe, ou iremos lamentar como os espias e a hiena?

Calebe nos deixa três lições valiosas:

1. As experiências da vida são fundamentais para uma escolha mais sábia. Calebe compreendia que a desobediência para com Deus, e seus planos para com seu povo traz resultados desastrosos; o deserto por quarenta anos era a prova incontestável de que é melhor andar nos caminhos traçados por Deus, do que escolhermos os nossos próprios, contrários a seus planos para nós e sua igreja.

2. Os propósitos de Deus concernente à igreja também passam pela minha disposição mental (espírito) em cumprir com meu dever, independente, das dificuldades que possam ser enormes e contrárias. Deus não iria conquistar Canaã para os Israelitas, eles teriam que ir a luta por eles e pelos seus, e não só isso, realmente teriam que desejar com ardor vencer a batalha. Se eles não fossem, Deus os teria matado a todos, e iniciado um novo povo a partir de Moisés, como havia anteriormente desejado em função dos obstinados pecados do povo.

3. A postura que assumimos em função das experiências da vida cristã que vivenciamos ou tomamos conhecimento, e o nível de comprometimento que assumimos com o Deus da igreja a qual servimos, se refletirá na porção que a mim o Senhor reservou, quer seja na terra ou no céu. (2 Cor. 5.10; Gl. 6. 9)

Não queremos aqui afirmar, que Deus nos recompensará de acordo com a prestação de serviço que realizamos na igreja, não! Ninguém pode barganhar ou fazer “toma lá dá cá” com o Dono de todas as coisas. E sim, de que somos recompensados de acordo com nosso comprometimento de vida e de obediência aos planos que Deus tem para com a sua igreja. Uma vida consagrada ao serviço do Reino de Deus, não pode deixar de receber por conseqüência (favor), bênçãos espirituais e materiais, segunda à vontade de Deus. É importante também ressaltar, que o nível de comprometimento a que me refiro, independe do número de atividades em que estou envolvido na igreja, e sim, se o faço de boa vontade (feliz) e quando me é permitido.
Servir ao Senhor no espírito de Calebe é abraçar com alegria, disposição e sacrifício, os planos e os alvos traçados pela Deus da igreja. Participar de forma voluntária e atuante dos grupos eclesiásticos (departamentos).
Os jovens devem estar dispostos a somar forças com um único fim, servir a igreja local do Senhor, o qual nos tirou da escravidão (Egito) do pecado, para este único propósito, sermos participantes da já, conquistada Canaã celestial.

Fraternalmente em Cristo

Valmir Alves

Maranata



Maranata


Maranata é uma transliteração das palavras aramaicas: marana tha (nosso senhor vem!) ou maran atha (nosso Senhor veio!). As duas palavras refletem o tipo de adoração da Igreja primitiva na região da palestina.
O apostolo Paulo escreve: “Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata.” (1Co. 16.22).
· Anátema: Amaldiçoado ou separado para a condenação.
· Maranata: Vem, nosso Senhor.

Paulo queria ensinar aos irmãos de Corinto que: se uma pessoa não ama ao Senhor Jesus, que seja separado para a condenação. O apostolo não estava condenando indiscriminadamente ou amaldiçoando uma determinada pessoa, mas, mostrando o estado natural de todo aquele que não ama o Senhor. O estado destas pessoas é a de estas sob a maldição do pecado, ou o “salário do pecado”. “Por que o salário do pecado é a morte...” (Rm. 6.23a). Esta morte a que Paulo refere-se, nada mais é que a morte espiritual ou a total separação que há entre Deus e o homem natural. Há maldição mais tenebrosa que esta?

A igreja do I e II. séculos, principalmente a do I , vivia sob a expectativa da iminente volta do Senhor Jesus. Os anos, décadas, séculos e milênios passaram e Ele ainda não veio. Antes de minha conversão, quando tinha uns 15 a 17 anos, já ouvia falar com muita freqüência da “volta de Jesus”. Em cultos ao ar livre, as frases mais comuns eram: “Jesus esta voltando!”, “... são os sinais dos últimos dias!”, “... você está preparado?”, e “a sua igreja vai subir!”. Não entendia direto o que eles queriam dizer com aquilo, porém, no fundo do coração desejava aquela segurança para mim também. Creio que além do “mover” do Santo Espírito, fui tocado pela convicção, certeza, e a ousadia com que aqueles irmãos testemunhavam da volta do Senhor, e comigo pensava: Se eles vão para este lugar, eu também quero ir!

Passaram-se dias, semanas, meses e anos desde o dia da minha conversão e Ele ainda não veio. Por esta razão temos com que nos frustrar? De forma alguma! Pois no coração de cada selado Deus o Espirito Santo nos da a segurança, certeza e a alegria de esperar por este dia. Esperar com anciedade.

Você está preparado? Permita-me esta pergunta! Eu sei que é muito séria e pessoal, ela atinge o mais profundo do nosso íntimo, ultrapassa a razão e chega ao âmago e essência do nosso ser; na alma e no espírito. Permita-me fazer-lhe outra pergunta! Você lembra quando foi a última vez que em oração pessoal disse: Meu Senhor Jesus, eu te amo!; Eu estou esperando a tua volta!

Paulo fez uma belíssima afirmação, próximo ao fim de seu ministério, sabendo que em breve os carrascos o levariam para a execução: “Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o deseje de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” (Fp. 1.22-23) A convicção deste homem é exemplar! É o estereótipo (padrão) do verdadeiro Crente, Evangélico, Cristão. Sua certeza estava arraigada e impregnada em sua alma e espírito.

Que dia maravilhoso será! Nós, sua igreja (noiva) for levada para as bodas do Cordeiro (Jesus), será um dia de festa celestial como nunca houve no céu, “como está escrito: nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. O homem “natural”, não pode com sua mente pecaminosa e “carnal”, se quer arranhar as maravilhas que aguardam aqueles que amam ao Senhor. No entanto, elas nos foram reveladas. Paulo, pelo Espírito Eterno declara esta verdade: “mas Deus nos revelou pelo Espírito. Pois o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus.” (1Co. 2.10).

O Espírito que sonda o Eterno Deus, é o mesmo que abita em cada crente, revelando “segredos” permitidos por Deus. E o que queremos de Deus saber? Se não a vida além deste mundo corrompido e mau! Sobre esta verdade Paulo também declara: “mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito de Deus, para que conheçamos as coisas que Deus nos deu gratuitamente” (1Co. 2.12). Sendo assim, podemos imaginar dias intermináveis de júbilo e alegria. Tudo o que tínhamos lido nas Escrituras e esperávamos, estará se cumprindo diante de nossos olhos. Naquele memorável raiar da eternidade, veremos os nossos entes queridos, os apóstolos, os profetas, os patriarcas e principalmente, veremos o Deus-Homem que nos redimiu, sim, Ele mesmo! O Messias de Israel, a Raiz de Davi, o Príncipe da Paz, a Rosa de Saron, a resplandecente Estrela da Manhã, o Leão da tribo de Judá, o Alfa e o Omega.

Iremos olhar em seus olhos, acredito que ficaremos sem palavras... imagino: Uns iram abraça-lo; outros choraram de alegria; cair a seus pés; beijar suas vestes; adora-lo e quem sabe dizer: Senhor nos te amamos, porque nos amastes primeiro!
Quem sabe você está vivendo muito ocupado com os afazeres. Demasiadamente preocupado com o trabalho; o estudo; sua casa; as compras; a venda; o namoro e até mesmo, com os cargos que ocupas na igreja!

Ele vem! E está próximo como nunca na história da humanidade esteve. Esta expectativa foi á força que movia a igreja primitiva, seus corações e mentes estavam voltados para esta promessa, desta forma, venceram os Cessares, Roma, o Mundo e diante da iminente morte: As feras, o fogo, a tortura e a cruz. Assim como Aquele, a quem esperavam.

Em que direção está voltado o meu e o seu coração? Proponho trazermos a igreja primitiva para os nossos dias! Pelo menos, para dentro de nossos corações. Garanto que se agirmos assim, eu e você iremos dizer sempre! Com os lábios e no coração: Maranata! Vem, meu Senhor Jesus! Amem.

Valmir Alves

Pré-Reformadores



Pré-Reformadores

Quem são os “reformadores” da teologia da chamada “Idade das trevas”? O primeiro nome a surgir na lembrança dos católicos, evangélicos, protestantes e historiadores é a figura de Martinho Lutero, por quê? Foi ele na verdade o precursor da reforma? O seu idealizador? Muitos fatores contribuíram para que o seu nome torna-se o único ícone aos olhos da igreja contemporânea. Vejamos alguns nomes e figuras que a mais de 100 anos antes de Martinho Lutero contribuiu para a Reforma Protestante, apesar de seus nomes não figurarem entre os nomes mais conhecidos, eles deixarem um legado que até o próprio Martinho Lutero fez reconhecimento.

João Wycliff
Pouco se sabe da infância iate mesmo de sua origem, nascido em 1320 e que viveu em uma pequena e típica aldeia da Inglaterra, e que a maior parte da sua vida passou na universidade de Oxford, onde demonstrou ser um homem de inteligência acima da média de seus conterrâneos e colegas de universidade. Já em 1377 entra em conflito com clérigos contemporâneos por não concordar com a teologia vigente e isto à 106 anos antes de Martinho Lutero Ter nascido. Sua forma de ver a verdade bíblica, demonstrava um conhecimento aprofundado e uma visão das necessidades de se fazer uma reforma na igreja Romana. O que mais nos impressiona e sua teologia, tais como:

· A autoridade das Escrituras;
· As Escrituras pertencem à igreja (mediante esta convicção foi-se traduzido as Escrituras para o vernáculo);
· A igreja é um conjunto de predestinados.

Após a morte de Wycliff, seus discípulos continuaram ensinando sua teologia, conhecidos como lolardos; estes ensinaram também, claro, inspirados no seu mestre:

· O Evangelho de Cristo é a única origem da verdadeira religião;
· Que não há nada no Evangelho que mostre que Cristo estabeleceu a missa;
· Que o pão e o vinho, ainda depois de consagrados, ficam sendo pão e vinho;
· Que os que os entram para os mosteiros ainda se tornam mais incapazes de observar a ordem de Deus;
· Que a penitência, a confissão e a extrema unção, não são precisas, nem se fundão nas Escrituras Sagradas.

Tais ensinos não poderiam ser aceitos e muito menos tolerados pelas autoridades eclesiásticas da época, conseqüentemente, ouve perseguições e inúmeras vitimas da intolerância religiosa. Ignorar a contribuição deste homem e seus “discípulos” para uma consciência reformadora é subestimar a operosidade de Deus em todas as épocas.

João Huss
A consciência de que a teologia em voga não estava em ressonância com os ensinos bíblicos – não era particular ou restrita a um período da historia. Mas, como um espinho que fere a boa consciência ou a consciência comprometida com a verdade revelada.
Por volta de 1370 nasce em uma família camponesa da pequena aldeia de Hussinek na Boêmia João Huss. Após ingressar na universidade, mostra ter eloqüência e espírito reformador em total independência à reforma pregada por Wycliff, apesar de reconhecer as verdades ensinadas pelo mestre de Oxford. Em meados de 1402 após assumir a reitoria e a capela de Belém, Huss inicia uma serie de sermões voltados para a necessidade da reforma. Após inúmeras peripécias em torno da necessidade da reforma, Huss é condenado como herege e queimado vivo, deixando uma frase que ecoa nos corações: “Entrego minha causas nas mãos do Justo Juiz, Jesus Cristo!”. Assim como seu antecessor, Huss foi vitima da intolerância e da ma vontade do poder eclesiástico vigente. Seu único desejo, realizar as necessárias reformas na igreja Romana. Huss era um homem apaixonado e comprometido com os ensinos verdadeiros do Nazareno. É evidente que dentro de sua teologia existia elementos contraditórios, no entanto, ele estava convencido da autoridade inquestionável das Sagradas Escrituras. Foi mais um grande homem que precedeu os “quase” reformadores do século XVI. Sua importância é inequívoca, indubitável, inquestionável e inexorável para os que concluíram a Reforma Protestante.

Jerônimo Savonarola, João de Wessália e João Wesselus
Seria injusto não nos referirmos a estes três homens como contribuintes com a teologia da Pré-Reforma por sua coerência com os ensinos bíblicos. De forma resumida vejamos seus ensinos:

Savonarola
· Pregador reformador;
· Denuncia o papa;
· Ataca os vícios do clero;
· Denuncia o aspecto deplorável da vida espiritual do povo.

Wessália
· A salvação se obtinha pela graça;
· A peregrinação, os jejuns, a extrema unção etc., de nada aproveita á alma;
· A Palavra de Deus é a única autoridade em matéria de fé.

Wesselus
Não sofreu muita perseguição durante sua vida, apesar de seu ensino ser contrario ao procedimento e às incoerências de Roma. Lutero, no século seguinte, manifesta a sua surpresa de que os escritos de Wesselus fossem tão pouco conhecidos, e falou dele como sendo um homem de admirável inteligência e espírito invulgar, evidentemente ensinado por Deus. Lutero escreve: “Se eu tivesse lido as suas obras há muito tempo, os nossos inimigos poderiam supor que eu tinha aprendido tudo com Wesselus, tal é a perfeita concordância nas nossas opiniões... Agora não posso duvidar de que tenho razão nos pontos que tenho indicado, vendo um tão grande acordo nos sentimentos, e ate quase as mesmas palavras empregadas pelo aquele grande homem, que viveu numa outra época, num país distante, e em circunstância muito diferente da minha”.
Wesselus morreu cheio de honras aos 70 anos, confessando no seu último suspiro a imensa satisfação da sua alma, por que “tudo o que ele conhecia era Jesus Cristo crucificado”.
Isto teve lugar no ano de 1489. Lutero era então uma criança de seis anos.
Injustiça e demasiados atributos têm-se cometido por historiadores e evangélicos, não temos a pretensão de alijar ninguém de suas merecidas “honrarias” e reconhecimento de sua contribuição à Reforma Protestante, ou revestir alguns de reconhecimento indevido. No entanto, a historia e os documentos que a sustentam, são as evidencias de que a Reforma Protestante foi também fruto de homens abnegados pela reforma teológica, eclesiástica como da vida de uma geração mergulhada na “Idade das Trevas”. Estes homens, que poderíamos chamar de pré-reformadores, chegaram a dar a suas vidas por estarem convencidos e convertidos à autoridade suprema das Escrituras Sagradas. Uma teologia que estava à frente de seus contemporâneos e ate poderíamos dizer que, à frente de alguns reformadores. São muitos os nomes que deveriam estar lado a lado a de Matinho Lutero, João Calvino e Úlrico Zwínglio, todos cumpriram com uma missão especifica para um fim único nos planos de Deus. Onde um falhou, havia o que iria fazer as correções e adaptações necessárias que culminou na teologia Evangélica de nossos dias. O dogma de nossa teologia não deixa de ser um apanhado das melhores “inspirações” dos reformadores a partir da “Idade das Trevas”.

Valmir Alves – 2003

Jovens com Problemas e Pecado! O que fazer?


Jovens com Problemas e Pecado! O que fazer?

Recentemente, fui procurado por um jovem de nossa igreja que estava sinceramente preocupado com a juventude, sobretudo, com alguns em particular; disse-me que, se tivéssemos uns 20 jovens sem problemas era muito; para sua surpresa, agradeci a Deus e demonstrei estar feliz em função dos vinte “sem problemas”. Expliquei-lhe então, que era praticamente impossível que algum crente, sobretudo jovem, fosse imune a problemas nas mais variadas áreas da vida (essencialmente espiritual).
O mérito da questão, não é quem tem, ou não tem problemas, e sim, como estará o jovem administrando seus “problemas”. Eu mesmo, embora sendo professor de jovens; líder; seminarista; obreiro de uma Missão (MEB) e etc; convivo com minhas neuroses, fobias, tentações, fraquezas, fragilidades, defeitos e manias. Todos nós fazemos parte de um contexto humano (sinônimo de limitações); sujeitos as mais distintas e variadas adversidades, agruras e intempéries da vida cristã e social. O que não podemos admitir na vida de um jovem cristão, é a sua constante ou permanente derrota diante de sua aceitável e compreensível humanidade (tentações; pecado; incapacidade; fraqueza; desânimo; falta de oportunidade, escolaridade, ou não ter nascido em berço esplêndido etc).
Pois bem! Assim como Jesus tem duas naturezas; a humana e a divina, e parte dela viveu na terra, também nós, vivemos em um só mundo, mas, divididos entre a vida temporal (carne / sociedade; não permanente, mas transitória) e a vida espiritual (mística / religiosa; permanente, imortal). Nesta dicotomia (dois), somos chamados à responsabilidade para sermos bem sucedidos nas distintas áreas da vida. Vejamos então a vida temporal e seus “problemas”.
A esfera da vida secular tem trazido inquietação para o jovem, sobretudo, para os que se preocupam com seu futuro, a qual é louvável e demonstra certo grau de maturidade. É nesta “qualificação” para enfrentar a vida adulta, que nos deparamos com a compreensível sensação de sermos incapazes de atingirmos os objetivos e expectativa esperada pelos nossos pais, parentes, amigos e irmãos da igreja. Ainda mais, quando pensamos em todas elas ao mesmo tempo; é a vida afetiva (namoro); profissional (financeira); familiar; social (status); religiosa etc. De certa forma, estou de pleno acordo, é muita coisa para a cabeça de um jovem; talvez, a questão seja esta! Queremos abraçar todas elas de uma só vez, sem termos neste momento condições de administrá-las ao mesmo tempo; neste caso, seria mais sensato priorizá-las e vencê-las em etapas.
Aproveite sua juventude e limite-se as “limitadas” responsabilidades para se preparar na vida temporal. Estude! Faça cursos no sentido de qualificar-se profissionalmente; foque um curso superior; prepare-se, faça um pré-vestibular; é o seu futuro temporal que está em jogo (melhor qualidade de vida), você vai brincar com seu futuro?... Além do mais, no futuro poderá promover melhores condições de vida não somente a você, como a teus pais e familiares.
Certa vez, conversando com um rapaz de nossa igreja, lhe dei o mesmo conselho, então ele me disse: assim não poderei participar das atividades durante a semana; minha resposta foi: esqueça “esse negócio de igreja”! Seu dever para com Deus é comunhão e uma vida pura e exemplar! Vá se preparar para o futuro! Disse-lhe ainda que, as moças das igrejas não são mais “bobas”, querem namorados que tenham perspectiva na vida, que objetivem e vislumbrem um futuro melhor; disse mais: elas estão com toda a razão! Se estivéssemos em seus lugares, pensaríamos assim também! Penso que o rapaz também deva ser criterioso quanto sua futura namorada; é ela motivada na vida eclesiástica? (igreja) Estuda e tem também “ambições” quanto sua vida temporal?
Vem-me a lembrança, uma irmã recentemente casada (três meses) que conheci em uma outra igreja; disse ela de um jovem a quem namorava, sendo ele de sua igreja: “este rapaz é o homem de minha vida”, e acrescentou que, com ele, comeria ovo todos os dias. Muito bem! Ele não trabalhava quando se conheceram quatro anos atrás, e, quando se casaram, ele estava na mesma situação, parado, enquanto o tempo não pára e não “perdoa”. No início tudo são “flores”; ele a levava todos os dias para almoçar na casa de sua mãe; o apartamento (kitnet) onde moravam, estava sendo pago pela sogra; a mobília, sendo doada pelos irmãos, e por aí vai (Não! Não casaram esperando um bebê, tudo estava de acordo com os conformes). Por estes dias, soube que ela se cansará de “comer ovos todos os dias”, se queixando da vida que estava levando com ele, ainda mais, por ela trabalhar e ele não. O mais impressionante neste caso, é que são jovens crentes, de uma igreja batista da Convenção, e, da Zona Leste...
Você quer, “florzinha”, “comer ovos todos os dias?” Você quer, “ferão”, oferecer “ovos todos os dias?” Não?... Então vá se preparar para a vida temporal! Pois o tempo passa e não perdoa.
O sucesso nesta área da vida só depende de seu esforço, inteligência e garra; e mesmo que você não tenha aptidão, inclinação para uma vida acadêmica (faculdade), há inúmeros exemplos de irmãos e irmãs bem sucedidos nos mais diversos ramos do comércio; indústria; na vida pública (município e estado) etc, sem terem que conviver com o fantasma do “ovo todo dia”.
O outro lado nesta dicotomia (dois) humana que inquieta a juventude e tem sido problemática, se refere a sua vida espiritual, mais precisamente, se refere à questão do pecado. De certo, que é algo que os deixa apreensivos, essencialmente, quando se encontram com conflitos internos, proveniente de pecados que acreditam ou sentem não terem sido perdoados; muitas das vezes, são batalhas sangrentas que em muitos casos, é “mortal” para eles.
A palavra de Deus nos ensina que somos sujeitos ao pecado; “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos...” (1 Jo. 1.8 a). Ora, é impossível que um jovem (crente), não cometa algum tipo de pecado, do mais “escandaloso” ao mais “trivial”. Habitamos em um corpo imperfeito e que tendenciosamente inclina-se para o pecado (Rom. 7.15-23). Entretanto, o que aborrece a Santidade de Deus, não é o jovem que venha cometer algum tipo de deslize (pecado), e sim, aquele que vivi “escravo” do pecado; permanente praticante do pecado, ainda mais, quando João nos diz que “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na pratica do pecado...” (1 Jo 3.9; 1Tm.5.20). Felizmente, as misericórdias de Deus são infinitas, mesmo que o pecado pareça querer nos afogar. Se, porventura sucumbirmos às tentações, a sua mão não esta encolhida, e sim, estendida para oferecer ajuda. Por certo, é a prova de que Ele reconhece nossa humanidade e nossas limitações. É, o sangue purificador e renovador de Jesus derramado na cruz, mais que suficiente para lavar nossas “vestes brancas” manchadas com a mais “escura e pegajosa” forma de pecado; “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça... e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo. 1.9,7b; Rm. 6. 14). Que grande livramento nos concede nosso Salvador, Senhor e Deus! Por nos amar, ele vai muito além do que esperamos ou possamos merecer, de tal forma, que foge a nossa compreensão finita; em Hebreus 10.17 temos a prova de seu superior amor quando Deus diz: “... de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre”. Não que Deus como em um computador aperte a tecla “delete” de sua memória, não! Se assim fosse, não conheceria nosso passado, como conhece nosso presente e futuro como uma só verdade.
Quando confessamos os nossos pecados, e em nome de Jesus pedimos perdão, Deus atribui a justiça de Jesus para nós; é como se nós “vestíssemos” o “manto” da justiça de Cristo; onde há justiça de Cristo não pode haver injustiça (pecado), dessa forma, somos todos como justos, e Deus não nos condena, e muito menos, nos lança a rosto o pecado que pela justiça de se Filho foi arrancada de nossas vestes brancas. De acordo com estas verdades benditas, não há necessidade de vivermos apreensivos com pecados confessados no passado; oprimidos e estigmatizado pela nossa consciência desinformada; aceite o perdão de Deus e viva na Paz de Deus!
Portanto, “ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrario, torna-te padrão dos fieis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza... Torna-te, pessoalmente padrão de boas obras. No ensino, mostre integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário (satanás) seja envergonhado, não tendo nenhum mal que dizer de vós. (1Tm 4.12; Tt.2.7,8).

Fraternalmente em Cristo.


Valmir Alves

terça-feira, 24 de julho de 2007

Unidade da Igreja... Bênção ou Maldição?


Unidade da Igreja... Bênção ou Maldição?

Há muita exortação na Bíblia para que se mantenha o espírito de unidade na igreja. Por exemplo: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões...” (1Cor 1.10). “Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz...” (Ef 4.3). devemos estar firmes “firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica” (Fp 1.27). Jesus Cristo orou pela unidade dos seus seguidores (Jo 17.21), dizendo que esta união seria perante o mundo uma confirmação de Sua missão de Salvador. O apóstolos Paulo procurou a todo instante manter o espírito de união na igreja, seja entre grupos ou entre indivíduos (2 Cor 13.11; Fp 4.2,3). Quando havia espírito de união na igreja, ela tinha grandes vitórias. “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (At 2.46,47). Quando havia discórdia dentro da igreja, ela se tornava carnal e infrutífera (1 Cor 3) o Salmista disse: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre” (Sl 133).
Sem nenhuma duvida, a união entre irmãos é algo bom e agradável, algo belo e atraente, que alegra o nosso Deus. Uma benção!
Paradoxalmente, a união tem sido, e ainda pode ser uma das grandes maldiçoes da igreja. Quando a união se torna um fim em si, quando manter a união torna-se mais importante do que manter a integridade daquilo que nos une, em vez de ser uma benção para ajudar a igreja, a união acaba destruindo a igreja.
A história nos mostra que a verdadeira igreja, o corpo de Cristo, foi preservada pelos homens que romperam com a união da igreja organizada. Desligaram-se da igreja (na sua estrutura organizada e dirigida por homens) para manter viva a Igreja (no seu sentido de corpo – a soma de homens e mulheres redimidos pela obra expiatória de Cristo). Desligaram-se não por rixas pessoais, questões políticas ou filosóficas, mas por profunda convicção baseada na Bíblia, a Palavra de Deus.
Quem hoje negaria o fato de que foi o rompimento de Lutero com a igreja organizada (e, como organização a Igreja Romana era muito unida nessa época) que manteve viva a Igreja verdadeira de Cristo? Mais tarde, no século XVIII, Whitefield e Wesley romperam com a união da Igreja Anglicana, bem organizada, mas espiritualmente morta, e o resultado foi a formação da Igreja Metodista, que manteve viva a chama do Evangelho com salvação de milhões. No século XIX, ainda na Inglaterra, o famoso pregador C. H. Spurgeon desligou-se da União Batista, então a maior força evangélica britânica. Ele fez porque havia muitos pastores batistas que aderiram à alta critica da Bíblia, e já não criam na inerrância das Escrituras, nem se quer, na regeneração do pecador pela fé em Cristo. Havia somente um ponto de em comum entre eles, o batismo pela imersão, o qual Spurgeon considerou insuficiente para manter a união. Hoje a expressão batista ma Inglaterra é muito fraca. Spurgeon é tido entre nós como um grande herói da fé.
Ainda no inicio do século XIX, houve uma brecha na união da Igreja Presbiteriana, e Eduardo Carlos Pereira liderou um grupo por causa das suas convicções sobre a maçonaria na igreja. Nasceu, então, a Igreja Presbiteriana Independente.
Devemos concluir que a organização da igreja, como liderança e disciplina humana, é algo condenável? Obviamente que não, pois a própria Bíblia nos ensina que na igreja deve existir liderança, e que a esta os crentes devem ser fieis e obedientes para manter a unidade da igreja. Manter a união da igreja é importante para o sucesso da missão que Cristo nos entregou. Essa união, porem, precisa ser em Cristo, baseada na verdade da Palavra de Deus. A verdadeira união acontece quando todos os membros estão comprometidos na fidelidade total a Cristo e sua Palavra, e não quando somos comprometidos apenas um com o outro.
Na igreja de Cristo, um membro que não esteja ligado à verdade da Palavra de Deus deve ser afastado da união do grupo. “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2 Jo 1.9-11). Da mesma forma, quando um membro de uma igreja percebe que ela não esta (ou seus lideres) comprometida pelas suas convicções a uma ligação de total fidelidade às Escrituras, deve afastar-se dessa igreja “tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses” (2 Tm 3.5).
o curioso em tudo isso é que, quem procedeu assim no passado, é tido como herói, mas quem tem a ousadia de fazê-lo hoje, é vilão.


Cutucando O que as Igrejas Toleram e a Bíblia Reprova / Haroldo Reimer