quarta-feira, 25 de julho de 2007

Jovens com Espírito de Calebe



Jovens com Espírito de Calebe

Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Subamos animosamente, e possuamo-la (Canaã) em herança, porque certamente prevaleceremos contra ela.
(Nm. 13.30)

Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, Eu o levarei a terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança.
(Nm. 14.24)

Calebe, um desconhecido a quem não se fez referência anterior nas Escrituras, até sua corajosa postura em desafiar todas as probabilidades reais de derrota na campanha militar pela conquista de Canaã. Recebeu do Senhor o reconhecimento e a promessa de que sua descendência habitaria por herança a terra, por ter resolvido em seu coração (espírito), seguir ao Senhor em seus propósitos, e não olhar para os povos poderosos, habitante de Canaã, que em muito superavam o número dos filhos de Israel, entre eles estavam os amalequitas, os heteus, os jabuseus, os amorreus e os cananeus; suas grandes cidades fortificadas; e os gigantes, filhos de Anaque.
Sim! Tudo se cumpriu de acordo com os planos de Deus, Israel tornou-se senhor absoluto de Canaã, a terra que mana leite e mel. Calebe e sua descendência receberam por herança a terra de Hebrom das mãos de Josué, além da benção, daquele a quem o Senhor constituiu sucessor de Moisés (Js. 14.13).

Da saída de Israel do Egito (escravidão) para ocupantes de Canaã (liberdade), foi preciso atravessar um deserto de dificuldades literalmente, provações e privações; a vida dos povos nômades de antão, era uma aventura com altos riscos para cada tribo, e não foi diferente para a tribo de Israel; as que não ocupavam terras férteis, necessitavam sobreviver aos desertos inóspitos; de certo, Israel não teria sobrevivido se não fosse pela ação direta de Deus em lhe prover de Alimentos (aves), água (da rocha) e proteção contra o calor durante o dia (coluna de nuvem) e do frio pela noite (coluna de fogo); permaneceu vagando pelos desertos durante quarenta anos até chegar as fronteiras de Canaã, não que fosse distante ou complicada a chegada, mas pelo pecado dos que se rebelaram contra o Senhor. E é neste parêntese, que podemos ver como os indivíduos se distinguem um dos outros no que diz respeito à aprendizagem da vida teocrática (governo de Deus). Assim como vivemos uma teocracia restrita, pois vivemos sobe o governo da Igreja, e está sobre a direção de Cristo (quando Cristo reina soberanamente em nossos corações); Calebe vivenciou experiências fantásticas quanto estar sobe a direção e submissão à autoridade de Deus. E foi no momento crucial de se decidir, que ele mostrou seu grande valor, embora sendo um “anônimo”, selou seu testemunho para a posteridade, quando confiou, obedeceu e submeter-se aos planos de Deus para Israel, muito embora, como já vimos, tudo mostrava ser “verdadeiramente” contrário àquilo que Deus tinha por plano. A realidade humana, física, matemática ou qualquer outra que seja, não resiste aos desígnios de Deus. Calebe tem um papel extraordinário na manifestação destes desígnios; ele não viu (a vitória), mas creu; não sentiu, mas obedeceu, não confiado em sua própria capacidade, já que estava mais que evidente a impossibilidade de tal conquista puramente militar. O espírito a que Deus se refere à cerca de Calebe, é na disposição mental, vontade, querer, desejar que aquelas coisas (Canaã) se tornassem reais para ele e para os seus (família). Quem sabe ele já estava cansado do deserto e das provações; sabia que os quarenta anos no deserto eram pela desobediência, rebeldia e idolatria de seus pais; aprendeu a lição, de que é melhor obedecer, confiar e cumprir com seu dever para com Deus, do que colocar a prova um Deus que cumpre integralmente sua palavra.

Calebe poderia ser o estereótipo (forma exterior) do crente disposto a obedecer; não, uma simples obediência, mas, a obediência com vontade, vontade que as coisas de Deus para si (Canaã) realmente aconteçam, e, por conseguinte, para com a igreja, para com a comunidade... Lembro-me de um desenho de dois personagens muito engraçado, um leão (lipy) e da hiena (hade), nos momentos de dificuldades a hiena sempre falava sua marca registrada: “ó vida, ó azar”. Haverá momentos quando formos chamados a cumprir com nossos deveres e responsabilidades com a igreja do Senhor, que encontraremos nosso alvo (Canaã) cercado por inúmeros e poderosos inimigos, o que faremos? Teremos a mesma atitude de Calebe, ou iremos lamentar como os espias e a hiena?

Calebe nos deixa três lições valiosas:

1. As experiências da vida são fundamentais para uma escolha mais sábia. Calebe compreendia que a desobediência para com Deus, e seus planos para com seu povo traz resultados desastrosos; o deserto por quarenta anos era a prova incontestável de que é melhor andar nos caminhos traçados por Deus, do que escolhermos os nossos próprios, contrários a seus planos para nós e sua igreja.

2. Os propósitos de Deus concernente à igreja também passam pela minha disposição mental (espírito) em cumprir com meu dever, independente, das dificuldades que possam ser enormes e contrárias. Deus não iria conquistar Canaã para os Israelitas, eles teriam que ir a luta por eles e pelos seus, e não só isso, realmente teriam que desejar com ardor vencer a batalha. Se eles não fossem, Deus os teria matado a todos, e iniciado um novo povo a partir de Moisés, como havia anteriormente desejado em função dos obstinados pecados do povo.

3. A postura que assumimos em função das experiências da vida cristã que vivenciamos ou tomamos conhecimento, e o nível de comprometimento que assumimos com o Deus da igreja a qual servimos, se refletirá na porção que a mim o Senhor reservou, quer seja na terra ou no céu. (2 Cor. 5.10; Gl. 6. 9)

Não queremos aqui afirmar, que Deus nos recompensará de acordo com a prestação de serviço que realizamos na igreja, não! Ninguém pode barganhar ou fazer “toma lá dá cá” com o Dono de todas as coisas. E sim, de que somos recompensados de acordo com nosso comprometimento de vida e de obediência aos planos que Deus tem para com a sua igreja. Uma vida consagrada ao serviço do Reino de Deus, não pode deixar de receber por conseqüência (favor), bênçãos espirituais e materiais, segunda à vontade de Deus. É importante também ressaltar, que o nível de comprometimento a que me refiro, independe do número de atividades em que estou envolvido na igreja, e sim, se o faço de boa vontade (feliz) e quando me é permitido.
Servir ao Senhor no espírito de Calebe é abraçar com alegria, disposição e sacrifício, os planos e os alvos traçados pela Deus da igreja. Participar de forma voluntária e atuante dos grupos eclesiásticos (departamentos).
Os jovens devem estar dispostos a somar forças com um único fim, servir a igreja local do Senhor, o qual nos tirou da escravidão (Egito) do pecado, para este único propósito, sermos participantes da já, conquistada Canaã celestial.

Fraternalmente em Cristo

Valmir Alves

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