quarta-feira, 25 de julho de 2007

Maranata



Maranata


Maranata é uma transliteração das palavras aramaicas: marana tha (nosso senhor vem!) ou maran atha (nosso Senhor veio!). As duas palavras refletem o tipo de adoração da Igreja primitiva na região da palestina.
O apostolo Paulo escreve: “Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata.” (1Co. 16.22).
· Anátema: Amaldiçoado ou separado para a condenação.
· Maranata: Vem, nosso Senhor.

Paulo queria ensinar aos irmãos de Corinto que: se uma pessoa não ama ao Senhor Jesus, que seja separado para a condenação. O apostolo não estava condenando indiscriminadamente ou amaldiçoando uma determinada pessoa, mas, mostrando o estado natural de todo aquele que não ama o Senhor. O estado destas pessoas é a de estas sob a maldição do pecado, ou o “salário do pecado”. “Por que o salário do pecado é a morte...” (Rm. 6.23a). Esta morte a que Paulo refere-se, nada mais é que a morte espiritual ou a total separação que há entre Deus e o homem natural. Há maldição mais tenebrosa que esta?

A igreja do I e II. séculos, principalmente a do I , vivia sob a expectativa da iminente volta do Senhor Jesus. Os anos, décadas, séculos e milênios passaram e Ele ainda não veio. Antes de minha conversão, quando tinha uns 15 a 17 anos, já ouvia falar com muita freqüência da “volta de Jesus”. Em cultos ao ar livre, as frases mais comuns eram: “Jesus esta voltando!”, “... são os sinais dos últimos dias!”, “... você está preparado?”, e “a sua igreja vai subir!”. Não entendia direto o que eles queriam dizer com aquilo, porém, no fundo do coração desejava aquela segurança para mim também. Creio que além do “mover” do Santo Espírito, fui tocado pela convicção, certeza, e a ousadia com que aqueles irmãos testemunhavam da volta do Senhor, e comigo pensava: Se eles vão para este lugar, eu também quero ir!

Passaram-se dias, semanas, meses e anos desde o dia da minha conversão e Ele ainda não veio. Por esta razão temos com que nos frustrar? De forma alguma! Pois no coração de cada selado Deus o Espirito Santo nos da a segurança, certeza e a alegria de esperar por este dia. Esperar com anciedade.

Você está preparado? Permita-me esta pergunta! Eu sei que é muito séria e pessoal, ela atinge o mais profundo do nosso íntimo, ultrapassa a razão e chega ao âmago e essência do nosso ser; na alma e no espírito. Permita-me fazer-lhe outra pergunta! Você lembra quando foi a última vez que em oração pessoal disse: Meu Senhor Jesus, eu te amo!; Eu estou esperando a tua volta!

Paulo fez uma belíssima afirmação, próximo ao fim de seu ministério, sabendo que em breve os carrascos o levariam para a execução: “Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o deseje de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” (Fp. 1.22-23) A convicção deste homem é exemplar! É o estereótipo (padrão) do verdadeiro Crente, Evangélico, Cristão. Sua certeza estava arraigada e impregnada em sua alma e espírito.

Que dia maravilhoso será! Nós, sua igreja (noiva) for levada para as bodas do Cordeiro (Jesus), será um dia de festa celestial como nunca houve no céu, “como está escrito: nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. O homem “natural”, não pode com sua mente pecaminosa e “carnal”, se quer arranhar as maravilhas que aguardam aqueles que amam ao Senhor. No entanto, elas nos foram reveladas. Paulo, pelo Espírito Eterno declara esta verdade: “mas Deus nos revelou pelo Espírito. Pois o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus.” (1Co. 2.10).

O Espírito que sonda o Eterno Deus, é o mesmo que abita em cada crente, revelando “segredos” permitidos por Deus. E o que queremos de Deus saber? Se não a vida além deste mundo corrompido e mau! Sobre esta verdade Paulo também declara: “mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito de Deus, para que conheçamos as coisas que Deus nos deu gratuitamente” (1Co. 2.12). Sendo assim, podemos imaginar dias intermináveis de júbilo e alegria. Tudo o que tínhamos lido nas Escrituras e esperávamos, estará se cumprindo diante de nossos olhos. Naquele memorável raiar da eternidade, veremos os nossos entes queridos, os apóstolos, os profetas, os patriarcas e principalmente, veremos o Deus-Homem que nos redimiu, sim, Ele mesmo! O Messias de Israel, a Raiz de Davi, o Príncipe da Paz, a Rosa de Saron, a resplandecente Estrela da Manhã, o Leão da tribo de Judá, o Alfa e o Omega.

Iremos olhar em seus olhos, acredito que ficaremos sem palavras... imagino: Uns iram abraça-lo; outros choraram de alegria; cair a seus pés; beijar suas vestes; adora-lo e quem sabe dizer: Senhor nos te amamos, porque nos amastes primeiro!
Quem sabe você está vivendo muito ocupado com os afazeres. Demasiadamente preocupado com o trabalho; o estudo; sua casa; as compras; a venda; o namoro e até mesmo, com os cargos que ocupas na igreja!

Ele vem! E está próximo como nunca na história da humanidade esteve. Esta expectativa foi á força que movia a igreja primitiva, seus corações e mentes estavam voltados para esta promessa, desta forma, venceram os Cessares, Roma, o Mundo e diante da iminente morte: As feras, o fogo, a tortura e a cruz. Assim como Aquele, a quem esperavam.

Em que direção está voltado o meu e o seu coração? Proponho trazermos a igreja primitiva para os nossos dias! Pelo menos, para dentro de nossos corações. Garanto que se agirmos assim, eu e você iremos dizer sempre! Com os lábios e no coração: Maranata! Vem, meu Senhor Jesus! Amem.

Valmir Alves

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